segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Povos da Mesopotâmia























A história da mesopotâmica é marcada por uma sucessão de guerras e conquistas de um povo sobre o outro. Povos que de modo geral disputavam as melhores terras junto a rica planície dos RIOS TIGRE E EUFRATES além disso seus exércitos realizaram expedições de roubo fazendo guerras para conquistar as riquezas dos adversários e submete-los à escravidão.
Entre os principais povos que estabeleceram na MESOPOTÂMIA destacaram: os sumerianos, os acádios, os amorritas, (antigos babilônios) os assírios, os caldeus (novos babilônios), os hebreus, hititas, fenícios, arameus, dentre outros.







Sumérios



Entre os montes ZAGROS e o DESERTO DA ARÁBIA correm dois rios caudalosos que desembocam no Golfo Pérsico: o Eufrates e o Tigre.
O vale que eles fertilizam é conhecido como MESOPOTÂMIA, designando-se Assíria a sua parte norte, e Caldeia a sua parte sul. Na zona mais meridional da MESOPOTÂMIA onde antes desembocavam separados os dois rios foi que os sumérios se estabeleceram no quarto milênio antes de Cristo.

Vestígios da civilização suméria (III a.C) mostram pessoas usando saias compostas por tecidos com o borda formada com tufos de lã, dispostos simetricamente que dão às roupas um aspecto "franjado". Este tipo de roupa era usado por homens e mulheres. As mulheres de classes superiores e altos dignatários costumavam usar este tipo de roupa, mas aos poucos foram substituindo por uma túnica com mangas. Acredita-se que as mangas e o uso de botas foram influência de povos da montanha que viviam ao redor da região entre o Eufrates e do Tigre. Homens e mulheres usavam cabelos compridos, e os cabelos assim como as barbas eram cacheados, e até entremeados com fios de ouro. O adorno de cabeça para os homens tinha o aspecto de um vaso invertido. As mulheres casadas eram obrigadas a usarem um véu em lugares públicos. (uma lei de 1.200 a.C, que ainda prevalece até hoje).



Persas e Medas

Os persas dominaram a civilização babilônica no século IV a.C . Como vinham de regiões montanhosas e frias usavam trajes quentes que foram substituídos pelas túnicas franjadas e mantos dos povos conquistados. Além de linho e lã usavam também seda trazida da China pelas caravanas. Usavam um chapéu macio de feltro, e botas fechadas de couro com a ponta ligeiramente voltada para cima. Inovaram com o uso de calças que passaram a ser consideradas um traje típico persa. Os medas que também participaram das conquistas persas, usavam os mesmas roupas mas um pouco mais largas e volumosa. O adorno da cabeça era diferente, um chapéu redondo de copa chata ou um capuz. As mulheres usavam o mesmo tipo de roupa só que um pouco mais ampla e comprida.

Egito

Os trajes egipcios eram muito sumários. Pessoas de classes baixas e os escravos andavam quase nús. O uso de roupas era uma distinção de classes. Os trajes egípcios quase não mudaram em 3.000 anos. Durante o antigo império (antes 1.500 a.C) o traje mais comum era o chanti, um pedaço de tecido usado como uma tanga e preso por um cinto. Para os reis e sua corte eram pregueados e engomados. No novo império (1.500 a.C até 332 a.C) os faraós usavam uma túnica semi-transparente, longa e franjada chamada calasires por baixo era possível ver o chanti. Esta túnica era feita de um pano retangular, quando era usada pelas mulheres era ajustada na altura dos seios e presa nos ombros por alças. Uma capa curta poderia cobrir os ombros, ou o pescoço era circundado por uma gola larga, deixando os seios descobertos. As fibras de animais eram consideradas impuras (tais como lãs), então os egipcios preferiam as fibras vegetais como o linho, que poderiam ser facilmente lavadas. Os homens, por motivos de higiene, raspavam a cabeça e usavam um adorno feito com um quadrado de tecido listrado que circundava as têmporas e formavam pregas atrás das orelhas. Em cerimônias especiais usavam perucas, confeccionadas de cabelo, fibras de linho ou palmeira. As mulheres jovens também raspavam o cabelo, as mais velhas frisavam ou ondulavam os cabelos. Os egípcio não usavam chapéu, somente o faraó usava a coroa, algo como um elmo cônico. Os guerreiros usavam capacetes de metal. A vestimenta egípcia foi aos poucos se modificando por influência estrangeiras, principalmente a grega.


Creta
Segunda maior ilha situada no mar mediterrâneo, Creta teve o apogeu de sua cultura entre 1750 e 1400 A.C.O Homem e a mulher apresentava uma certa diferença ao se vestir.As mulheres apresentavam uma séries de babados sobrepostos numa saia longa em formato de sino, tinham uma cintura bem afunilada. Na parte superior do corpo portavam um tipo de blusa costurada aos ombros de magas curtas deixando a mostra os seios, que eram associados à fartura e fertilidade. Na cabeça ela usava um tipo de chapéu pendurado com um animal, cada animal tinha seu significado. A cobra era símbolo de poder.O homem se vestia bem mais simplificado, uma espécie de tanga com um cinto marcando a cintura, o resto do corpo era desnudo. Eles usavam o cabelo e barba grandes, eram plissados e ficavam cacheados.
Terra considerada dos deuses, clima quente o que ajudou na prosperidade. Foi uma das maiores civilizações que já existiu, devido ao grande conhecimento.Foi no Egito onde se deu inicio à medicina, matemática e astrologia.As construções das pirâmides são uma incógnita até hoje devido ao grande tamanho desses monumentos em uma época tão remota.Símbolo de poder, fertilidade o rio nilo é considerado uma obra da natureza até hoje.Acreditava-se que os egípcios só vestiam branco o que só acontecia com os escravos .Os nobres usavam muitas cores na sua vestimenta principalmente jóias, colares e braceletes.Além disso as mulheres eram adeptas da maquiagem onde o olho era marcado com preto e sombra verde. Acessórios sempre foram diferenciadores sociais.A vestimenta era basicamente o CHANTI, usada por homens e mulheres, ele é uma espécie de saia onde só homens mostravam suas pernas com o resto do corpo nu. As mulheres não podiam portanto usavam o chanti longo colado ao corpo com um tipo de cera, junto o KALAZIRES, espécie de xale.
Eles usavam sempre fibra vegetal como linho e algodão, a fibra animal era considerada impura portanto proibida.Era hábito raspar a cabeça por questões higiênicas, já que o piolho era uma praga local. acreditava-se que perucas eram bastante usadas pela proteção do sol e conotação de status social, elas eram produzidas com cabelo natural, folhas vegetais, linho e palmeira.
O período da construção do palácio de Cnossos foi o mais marcante da história cretense (1750 a 1400 a.C). Deste período é que se obteve a maior parte do material para a reconstrução desta civilização. A vestimenta masculina consistia essencialmente de uma tanga, que podia ser de lã, linho ou couro. Eles não usavam "blusa", apenas um cinto, adornados com placas de metal(ouro,prata e bronze) trabalhadas Na cabeça algumas vezes poderiam usar uma espécie de turbante ou gorro. As mulheres usavam um tipo de tanga alongada até o solo, e a sobreposições de tecidos davam um aspecto de haviam babados que até pareciam com a moda do século XIX. A cintura era extremamente marcada e muito fina (talvez pelo uso de cintos apertados desde a infância). As cretenses também usavam um tipo de corpete que terminava sob os seios, os deixando à mostra. Seus cabelos eram penteados de diversas formas e seus penteados eram complementados por um tipo de chapéu muito elegante. A paixão por cores fortes (azul, vermelho, amarelo e roxo) desta civilização pode ser notada pelos afrescos preservados da época. As jóias eram muito apreciadas: anéis,braceletes, golas e presilhas de cabelo. Os mais ricos usavam colares de lápis-lazuli, ágata, amestista e cristal de rocha intercalados por pérolas.


Grécia
A Grécia é o país mais meridional dos Balcãs, faz fronteira marítima no Mar Egeu, a sul com o Mar Mediterrâneo e a oeste com o Mar Jónico, através do qual tem ligação a Itália.A cultura grega não só está ligada com o valor estético, está também com a filosofia, arte, democracia e conhencimentos cuja é uma referência positiva.A respeito da indumentária, ela foi muito peculiar, drapeados ficaram em evidência, símbolo marcante. Para eles era mais importante o valor estético do que o erotismo.Avestimenta principal foi o QUITON, era um retângulo de tecido, como se fosse uma túnica, colocada no corpo presa somente os ombros e embaixo dos braços, sendo que uma das laterais era aberta e outra fechada.Sobre os ombros era preso com broches ou agulhas(Fíbula), na cintura amarrado por um cordão ou cinto.
Mulheres e homens eram adeptos dele, sendo que os dos homens era curto para o dia a dia, quando ocasiões especiais era usado longo; o feminino sempre longo.Os gregos também eram adeptos dos mantos; A CLÂMIDE, de lã; capa curta militar e o HIMATION roupa civil ampla, usada em dias frios.O manto feminino era o PEPLO bem longo chgando até os pés.Ao passar dos tempos, a indumentária grega foi ficando mais luxuosa e ostensiva.
A roupa grega durante um longo período era composta de retângulos de tecidos de vários tamanhos, drapeados sobre o corpo sem um corte ou costuras. Era apenas "enrolado" sobre o corpo, com algumas variações. Do século IIV até I a.C, homens e mulheres usavam o que era chamado de quiton, os homens até os joelhos e as mulheres até os tornozelos. O quiton era preso por alfinetes e broches e usado com um cordão ou cinto em volta da cintura. O quiton dório era feito em geral de lã e o jônio de linho. O linho permitia maior variedade de dobras e às vezes usava-se um pouco maior que a distância dos ombros aos pés para permitir puxar o tecido sob o cinto formando uma "blusa". Ao contrário do que se pensa os trajes gregos eram coloridos, exceto os usados pelos pobres. Alguns membros das classes inferiores tingiam suas roupa com um tom de marrom escuro-avermelhado, prática rejeitada pela maioria das autoridades, mas os membros das classes superiores tinham maior liberdade, podiam usar vermelho, roxo, amarelo e verde. RomaNo início da história romana existiu uma forte influência do povo etrusco que habitaram primeiramente a península itálica até o 1º milênio a.C. Os trajes etruscos se pareciam com os cretenses, com o uso da túnica-veste costurada e um tipo de toga que feita com um semi-círculo de pano, às vezes esta "toga" era retangular e formava uma espécie de capa. As mulheres usavam uma veste longa e justa, sem cinto, que poderia ter uma meia manga ou uma abertura nas costas, fechada por fitas e sobre esta veste usava-se uma capa longa e retangular. Os etruscos calçavam uma espécie de bota alta, amarrada e com a ponta virada para cima, obviamente uma influência da Ásia Menor. Estes trajes etruscos desapareceram após o domínio romano sobre a região e somente a toga permaneceu tornando-se uma característica marcante no traje romano. A toga era essencialmente usada pelas classes superiores, pois exigia habilidade para drapeá-la em volta do corpo e impedia atividades mais vigorosas. Os senadores eram conhecidos por suas togas brancas. Menino romanos livres usavam uma toga com uma borla roxa até atingirem a puberdade, a toga praetexta , então em uma cerimônia era substituída pela toga virilis branca. Durante períodos de luto ou cerimônias religiosas usava-se uma toga de cor escura. Por volta de 100 d.C a toga começou a diminuir de tamanho. Por baixo da toga, no período da República, os homens usavam um saiote simples de linho que durante o Império foi substituído por uma túnica costurada, equivalente ao quiton grego. Esta túnica era feita com dois pedaços de pano costurados e era vestida pela cabeça e presa por um cinto, seu comprimento era até o joelho mas em ocasiões especiais chegava até o chão. Trabalhadores e soldados usavam somente a túnica, sem a toga por cima. Quando esta túnica possuía mangas era chamada de dalmática e quando era totalmente bordada era chamada palmata. Os romanos com suas rígidas tradições não aprovavam as calças curtas nem as compridas adotadas pelas tribos bárbaras. Mas acabaram sendo aceitas principalmente pelos soldados. No inícios os romanos usavam barbas, mas a partir do século 2 a.C começaram raspá-la, tornando-se este costume universal. Os cabelos eram curtos, mas os mais elegantes os anelavam cachos com pinças quentes. As roupas femininas eram muito semelhantes às masculinas, exceto pelo uso de um corpete macio conhecido como strophium. A túnica era mais comprida do que a masculina e chegava até os pés. Podia ser feita de lã, linho ou algodão e as romanas ricas usavam de seda. Ao contrário do que pensa seus trajes eram coloridos: vermelhos, amarelo e azul eram as cores preferidas e também costumavam ser ornamentados com uma franja dourada ou ricamente bordados. Sobre a túnica usava-se a stola parecida com a toga, era usada em público. Era comum cobrir a cabeça em público, mas os penteados eram muito importantes para as romanas, e se tornaram muito elaborados na época de Messalina, requerendo os serviços de uma ornatrix, que passava horas arrumando os cachos das senhoras em mechas e num coque conhecido como tutulus. Os cabelos louros eram uma moda e mulheres de cabelos escuros faziam descolorações, também era comum o uso de perucas e apliques. Os luxos das jóias era também apreciado, homens e mulheres as usavam. Técnicas como esmaltagem e damasquinagem foram trazidas do oriente, e as mulheres usavam brincos, colares, pulseiras, tornozeleiras, anéis e tiaras para o cabelos em ouro , pedras preciosas, marfim e até camafeus. Os romanos usavam sandálias, a princípio muito simples, feitas com uma peça de couro não tingida, e presa por tiras. Eram usadas pela maioria dos cidadãos romanos mas não pelos escravos. Dentro de casa usava-se chinelos, que podiam ter variadas cores e até pedras preciosas como os usados por Nero. Nos dias chuvosos usava-se coturnos e botas fechadas uma influência gaulesa.
Roma recebeu influências gregas no seu vestuário, a toga sua principal vestimenta se assemelha ao himation. Os romanos usavam a túnica e, por cima dela, a toga, que era extremamente volumosa e denunciadora do status social daquele que a portava. Quanto maior fosse, ou mesmo a sua cor, denunciava a condição de prestígio ou a função do usuário. Pessoas mais simples, como os trabalhadores e até mesmo os soldados do exército, muitas vezes usavam só a túnica.Existiam diferentes tipos de toga, conforme a função social e a idade de quem as vestiam. Como por exemplo, a separação entre a toga viril e a pueril. A primeira era utilizada pelos homens a partir dos 14 ou 16 anos, de tecido branco, muito simples era usada em ocasiões formais. A pueril era igualmente branca, porém mais curta. Debaixo da toga os homens usavam uma túnica de linho.
Outra toga de sucesso era a brilhante: isso mesmo, eles passavam sobre o tecido um giz branco que a deixava brilhando. Era usada pelos candidatos a cargos públicos para chamar atenção durante seus discursos - marketing político puro.
Havia ainda a toga praetexta, que possuía uma tira na cor púrpura em sua borda, usada por alguns magistrados e pelo imperador em ocasiões especiais. Podia também ser usadas pelos pré-adolescentes. Nossa! Esses romanos levavam mesmo a sério aquilo que vestiam. A indumentária era tão normatizada que infringir suas regras era crime. Um senador romano que não fosse vestido com a toga corretamente ao senado poderia ser preso.
As mulheres usavam a túnica longa e, muitas vezes, a stola sobra ela, que era outro tipo de túnica, cujas principais características eram as mangas. A peça para as mulheres correspondente à toga era a pella, uma espécie de manto que tinha o formato retangular, sendo esse detalhe a maior diferença em relação à correspondente masculina.

A Moda na antiguidade existiu?


PRÉ-HISTÓRIA – O homem primitivo passou a caçar não só para comer, mas também para utilizar suas peles para se proteger Descobriu-se que só a pele sobre o corpo era algo desconfortável pois os movimentos eram restritos e parte do corpo ficava exposta, um outro problema era o ressecamento da pele de animal que ficavam exposta ao calor do sol,deixando-as duras. Um meio descoberto posteriormente para deixar as peles maleáveis era a mastigação, tarefa destinada às mulheres. Uma outra técnica mais apurada era molhar a pele e sová-la com um malho após a retirada de todos os fragmentos de carne. Mais adiante, algumas tribos descobriram que o óleo ou a gordura de animais marinhos ajudava quando esfregados na pele para deixá-la maleável por algum tempo.O curtimento veio a seguir com a descoberta de que certas árvores, especialmente o carvalho e o salgueiro, contém um ácido (o tânico) que pode ser extraído quando as cascas de árvores são mergulhadas em água. Após ficarem nesta solução por um tempo as peles se tornavam maleáveis e à prova d’água. A partir da técnica do curtimento as peles podiam ser cortadas e moldadas e então surgiu uma das maiores invenções do homem: a agulha de mão. Arqueólogos acharam agulhas com idades de 40 mil anos em cavernas paleolíticas, geralmente feitas de marfim de mamute, ossos de rena ou presas de leão marinho. Com a agulha foi possível costurar pedaços de peles e moldá-los ao corpo. O resultado ainda pode ser visto nos esquimós nossos contemporâneos. Povos primitivos de climas mais temperados descobriram a utilização de fibras animais e vegetais. Talvez a feltragem (processo desenvolvido na Ásia Central, onde lã e pêlos são penteados, molhados e colocados em camadas sobre uma esteira, a seguir enrola-se a esteira com força e bate-se com uma vara, os pêlos são compactados formando um feltro que pode ser cortado e costurado para a confecção de roupas e tendas. A utilização de fibras vegetais, com o aproveitamento da casca de certas árvores era uma outra técnica, casacas de amoreiras ou figueira eram mergulhadas em água e três camadas eram colocadas sobre uma pedra, fazendo-se que ficassem em um ângulo reto. As camadas eram sovadas até que se ajuntassem e depois passava-se um óleo ou uma tinta para que durassem mais. Esta técnica é semelhante a usada pelos egípcios para fabricar papiros. O uso de cascas de árvores e peles de animais caracterizavam povos nômades. Em povos com uma cultura pastoril (Era Neolítica) a utilização de lã de ovelhas e o desenvolvimento do tear eram técnicas mais refinadas que estabeleceram a manufatura de tecidos e tornaram as roupas mais ou menos semelhantes ao que conhecemos. A maneira mais simples de se utilizar um tecido era enrolar um retângulo de pano em volta da cintura, fazendo um "sarongue". Mais tarde um outro pedaço de pano era enrolado sobre os ombros e atados por prendedores.